Umas amigas me pediram dicas do que fazer em Floripa, quando estivessem por lá. Infelizmente, eu não poderei ir ao Congresso e para tanto, escrevi um documento sobre coisas, comidas e festas para desfrutarem. O resultado é o que vem a seguir, mas em partes. Em primeiro, algumas ideias de convivência, informações sobre transporte e praias a visitar!
Programação Florianópolis de
turismo e qualquer outra coisa!
(Espero que
seja útil).
Sejam bem-vindas a Florianópolis, Ilha da
Magia!!!
A capital do
estado de Santa Catarina recebe esse nome devido as suas belezas naturais que
são encantadoras, à possibilidade de diversão e passeios que a cidade e os
arredores podem proporcionar, mas principalmente, porque antes de que o ser
humano a habitasse ela era povoada por Bruxas. Reza a história popular que nos
Morros que existem na cidade, moravam Bruxinhas com vassouras e cantigas não
muito alegres. Aqueles que chegavam de navios, nas noites de tormentas podiam
vë-las sobrevoando os picos. De certo modo, elas colocavam medo em todos que se
aproximavam da Ilha e procuravam de toda maneira expulsá-los de suas terras.
Com o tempo, as bruxas desapareceram, mas a lenda em torno da sua maldição
continua viva na cidade. Diz a lenda, que qualquer pessoa que chega para morar
em Floripa, sofre uma série de provações, e dificuldades para se estabelecer. De
acordo com a maldição, por dois anos, tudo pode acontecer na vida de uma pessoa
para que ela saia correndo de lá. No entanto, se firme e forte, apesar das
provas em contrário, o novato persiste e insiste em não sair, ficará preso à
cidade para sempre. As bruxas deixarão que a pessoa extrangeira fique,
concedendo-lhe a possibilidade de dinheiro e vida relativamente confortável.
A seguir,
algumas atividades para entretenimento. Mas antes, eu gostaria de tecer algumas
palavrinhas, tres na verdade.
A primeira
delas, diz respeito ao fato de que o morador, nascido na Ilha de Florianópolis,
é chamado de Manezinho da Ilha. Daí que, antes de chamar qualquer um de Mané,
de forma pejorativa, é legal tomar cuidado e mudar de termo. A palavra Mané é
usada com muito orgulho para quase todo mundo nascido lá.
Segunda
coisa. Florianópolis não é só uma Ilha. Existe a parte do Continente. Em geral,
os professores de geografia e universitários chamam a região onde está a UFSC,
de Florianópolis insular, e a outra de Florianópolis continental. Em guias de
turismo, ou revistas que fazem a promoção da cidade como roteiro de turismo, a
parte continental não costuma aparecer. Em geral, estes guias só estão
interessados na parte gastronomica, de praias e a parte festeira da cidade, que
está concentrada na área insular. Esta por isso, esta é a parte mais cara, com
maior influencia de todo tipo de especulação. É importante ficar atento,
inclusive.
A terceira
diz respeito à culinária. Quem está acostumado às comidas temperadas e
condimentadas, culinária que caracteriza bastante algumas partes do Brasil,
talvez estranhe a comida de Florianópolis e região. Para algumas pessoas que
vem de fora, a comida de lá é considerada bastante insossa, porque, em geral, é
feita na água e no sal. Ou o tempero é colocado de forma muito suave. Daí que,
é suuuuuuuppppeeerrrr importante ter isso na cabeça, saber apreciar esse
tempero suave da comida e encarar que a culinária é diferente mesmo. Tem muita
gente que chega com outra cabeça lá, cabeça criada em outros lugares e tem
dificuldade de desfrutar o que é feito em Florianópolis. Tendo isso em mente, é
possível que se coma em qualquer lugar e se consiga sair da viagem achando a
comida maravilhosa. Para tanto, é preciso estar atento e não deixar o
etnocentrismo pegar!
Sistemas de Transporte.
É possível
passear por toda a cidade de Florianópolis de önibus. Tem transporte para boa
parte dos cantos da cidade, inclusive onibus para o continente, o que é uma
facilidade. O sistema é integrado e com uma passagem é possível pegar um, dois,
tres önibus. Outra coisa super boa é que os onibus tem horário para chegar e
sair dos terminais. Se for possível se programar com antecedencia é possível
pegar o önibus saindo e chegando no terminal. Para maiores informações é
importante consultar o sítio de onibus da TRANSOL e da INSULAR, principais
empresas de önibus para circular em Florianípolis. Nos endereços dessas
empresas, digitando o nome da linha que passa perto da hospedagem, é possível
saber a rota e os horários dos onibus. Para quem for métodico e obsessivo, pode
imprimir esta tabela de horário e andar com ela no bolso para maiores dúvidas.
Os önibus,
em geral, param de funcionar entre 00h00 e 01h00, mas a cidade dispõe de önibus
norturnos, os madrugadões.
Talvez, o
maior problema dos önibus em Floripa é que eles são poucos e para algumas
linhas, se se perde um önibus, implica esperar 1h00 para que outro chegue.
Essas demoras colossais acontecem principalmente nos sábados e domingos e para
as linhas que vão em direção as praias
norte e sul da ilha e para a região da Lagoa da Conceição.
Sobre taxi,
o importante a assinalar é que são caros, se os valores forem relacionados com
o resto do país. Além do valor da corrida ser caro mesmo, Floripa sofre de uma
geografia muito peculiar que encarece qualquer percurso. Por ser uma ilha, ela
foi urbanizada primeiramente na região das praias e, aos poucos, passou ao
centro da cidade. Com isso, as rotas que a cortam são muito tortuosas
implicando sempre muitas voltas para chegar a determinado lugar. Daí que um
taxi, desde o Corrego Grande, um dos bairros que rodeiam a UFSC até o centrinho
da Lagoa, pode dar em torno de R$30,00 ou mais.
Praias.
Eu não lembro
quantas praias Floripa dispõe, mas se eu não me engano, são ao todo 47. Toda a
costa da cidade é rodeada de mar, dái que, tudo pode ser aproveitado. Vamos à
lista de algumas, as mais conhecidas.
Praia Mole.
Esta é a praia mais conhecida e mais frequentada da região da Lagoa, região leste
da cidade. Em geral, cheia de jovens, tomando sol, se exibindo na areia, lugar
de sol e mar, mas com muita azaração. O metro quadrado da Praia Mole é bastante
disputado. Interessante então é chegar cedo, estender a toalhina e curtir o sol
até a garotada se aproximar. É próximo à Praia Mole que está o bar da Deca, se
não me engano, bar GLS, sempre com música eletronica e muito bem frequentado. E
é lá que está também a praia de nudismo, a Galhetas.
Seguindo de
önibus ou de carro, o mesmo caminho da Praia Mole mas ultrapassando essa parte
agitada da praia, está a Barra da Lagoa.
Aqui é a parte da praia mais estruturada com bares, restaurantes, insluive
mesas e cadeiras de madeira. É uma parte mais familiar também. O mar aqui é
mais calmo e dá pra tomar banho tranquilamente, ou mais tranquilamente que os
outros lugares, principalmente para quem não sabe nadar.
Do lado
oposto à Praia Mole está a Praia da
Joaquina. Esta é a praia mais famosa da cidade, porque volta e meia aparece
nos meios televisivos. É lá onde ocorrem os campeonatos de surf mundiais e
nacionais e onde Gustavo Kirten aparece surfando, quando está na cidade. Para,
mim é uma das praias mais bonitas para se frequentar e com menos gente... Mas
tudo isso depende da época do ano que se vai lá.
Mas, para
quem gosta de praia com superestruturas, o melhor mesmo é chegar às praias do
Norte. Essa parte do litoral estão praias bastante conhecidas nos roteiros
turísticos nacionais e internacionais, dentre elas, Praia dos Ingleses e Jurerë
Tradicional e Jurere Internacional. Aqui encontramos bons restaurantes,
supercaros, para comer bem, e as Boites mais famosas, como Café de la Musique,
Taiko, El divino, Pachá. Todos estes lugares dispõem de programação na Internet
e quem quiser curtir balada na Praia, o melhor é vir para cá.
Jurere Internacional seria o lado Miami Beach de Florianópolis,
onde estão localizadas as casas de não sei quantos milhões de reais. Franz Ford
Copola teria comprado uma casa por aqui, nos últimos anos. É super engraçado
visitar Jurere e ver a diferença entre esta parte da praia e o resto da cidade.
É o parque temático da Ilha, que faz toda a propaganda de Marketing, que há
alguns anos atras era considerado a cara da cidade para os principais discursos
turísticos.
As praias do
Litoral Sul, talvez fossem o que de mais rústico se pode encontrar em Floripa. Em
geral, elas tem pouca estrutura e se tem, são bares de pescadores e moradores
locais. Enquanto no litoral norte é possível chegar na borda do Mar com
bastante facilidade, na parte sul, em geral, é necessário enfrentar uma trilha,
no meio do mato, ou descer do onibus, com certa distancia e seguir caminhando
pela areia até chegar a algum lugar aprazível. Praias mais conhecidas:
Campeche, Armação, Matadeiro, Sambaqui e Santo Antonio de Lisboa. Nestas duas
últimas praias estão casinhas de estilo antigo, onde moram os pescadores da
região, que além de peixes, cultivam ostras. Floripa, hoje, é muito conhecida
pelas ostras, sendo um prato muito bom de se comer aqui.
O Campeche é a Praia dos “Alternativos de
Plantão”, daquela galera que se diz diferente. Em geral, o povo ligado à arte e
à música fica aqui, em um lugar chamado Riozinho do Campeche. Super fácil
achar. Todo mundo conhece.
Fim - Parte I.
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